quando resplandece no copo e se escoa suavemente" (v.31).
Já no IV Século a.C - os sábios gregos haviam detectado que a temperança era virtude cardeal. Para um deles "a temperança é o meio termo entre o desenfreamento e o embotamento". Já o alcoolismo é um vício extremo causador de muitos males, aos próprios envolvidos diretamente, como às demais pessoas com eles relacionadas. É o oposto da temperança, este sim, fruto do Espírito na vida. Uma das coisas mais difíceis que existe é convencer um dependente alcoólico de que é alcoólatra. Isso, em grande parte, por causa do embotamento e torpor das percepções causadas pelo efeito do próprio álcool. É assim: o indivíduo bebe e embriaga-se, isso é desenfreamento, vicioso, é negação da virtude. Daí o indivíduo salta para o outro extremo do vício o embotamento. Não há meio termo, o álcool é mobilizador dos maus desejos. Formado o mau hábito, a pessoa alcoólica despreza os valores e as virtudes, que antes podia até apreciar. Tomou-se escrava do vício. Depois são os parentes que sofrem as desditas e a vergonha que passam. Alguns dos dependentes do álcool ainda tomam-se protagonistas das mais tristes tragédias, como quando, inconscientes, assumem o volante e causam tantos males com acidentes. Alguns tornam-se violentos, até contra as pessoas que amavam.
Fujamos da embriaguês e contendas conseqüentes. O preço do alcoolismo é daquelas coisas que ninguém paga sozinho, sempre há muitos sofrendo, ao lado da vítima ou contra ela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário